quarta-feira, 16 de dezembro de 2015


 O valor do Natal para as crianças
                  


Devemos aproveitar o Natal para construir valores nas crianças

 
Na época de Natal, o consumismo se torna algo muito perigoso. A mídia exaustivamente aproveita essa época para incentivar a comprar, comprar, comprar. Hoje as crianças não se contentam apenas com um presente pedido ao Papai Noel, mas fazem listas de brinquedos enormes e se frustram quando não recebem. E é justamente nessa época do ano que vemos as grandes diferenças entre as famílias. Muitas não têm sequer o que comer e outras se esbanjam em coisas supérfluas.

O psiquiatra e escritor Augusto Cury escreveu: “É um crime estimular a emoção das crianças para um consumo desenfreado. Elas têm pouco filtro intelectual, reagem sem pensar. Têm, portanto, uma capacidade de escolha em formação. Crianças e pré-adolescentes precisam ter infância e consumir mais alegria, aventuras, desafios, e menos produtos. Empresas, inclusive programas infantis, que massacram as crianças para consumir, têm uma dívida impagável com a humanidade”.




Como formar valores nas crianças no Natal
 A doação e preocupação com o próximo deve ser ensinado às crianças desde cedo, inclusive durante o Natal. Preparar sacolinhas de roupas, calçados, brinquedos e guloseimas para crianças carentes é uma forma de ensinar as crianças o verdadeiro sentido do Natal.

No começo não será fácil para a criança entender que entramos nas lojas para comprar algo que não seja para ela, mas é importante conversar e mostrar que não é só ela que gosta de brincar. Ela acabará aceitando e ainda ajudará a escolher os presentes.
O momento de maior aprendizado com certeza será a participação do seu filho na entrega das sacolinhas com brinquedos e roupas às crianças carentes. Com o passar do tempo, a criança que aprendeu a dividir e a doar, vai ficar até ansiosa em acordar cedo para levar os presentes com a mamãe e o papai, e ao chegar no local, irá se aproximando aos poucos e logo estará brincando com outras crianças.

A época do Natal é uma oportunidade muito importante para os pais ensinarem seus filhos sobre os prejuízos que envolvem o consumismo exagerado. Até mesmo na hora na montagem da árvore de Natal e do presépio, são momentos importantes de ensino, explicando cada significado de cada enfeite e personagens da árvore e do presépio. Nessa hora, cabe aos pais ensinarem até mesmo as crianças menores, que a árvore não está ali apenas para que os presentes sejam colocados embaixo dela.
 
Não é preciso passar valores negativos em relação aos presentes. Muito pelo contrário, a troca de presentes mostra o valor da confraternização, da troca de carinho e amor. Os pais podem até mesmo fazer lembrancinhas com os filhos para entregarem aos familiares.

O ensino em dividir e doar vai mostrar à criança a importância em prestar atenção ao sentimento e dores de outras pessoas, no respeito aos idosos e aos animais de estimação. A criança que aprende valores torna-se multiplicadora potencial para um mundo cada vez melhor.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


COMO RESPONDER AS PERGUNTAS DAS CRIANÇAS
     
Quantas vezes você se surpreendeu com as perguntas de seu filho e ficou quase gaguejando, sem saber o que dizer? Realmente, há momentos em que fica difícil explicar a uma criança as complexidades da vida e do comportamento humano, mas sempre dá para encontrar uma resposta que satisfaça a curiosidade infantil sem causar traumas ao pequeno ou deixar o adulto incomodado. A primeira regra é sempre falar a verdade. Pode parecer complicado num primeiro momento. Afinal, como explicar ao filho de 5 anos, sem mentir, como ele entrou e saiu da sua barriga?

          Antes de desatar a falar, procurar saber o que a criança sabe sobre o tema. "Muitas vezes, basta uma resposta curta, sem detalhes, e ela se satisfaz. Se isso não acontecer, deve haver espaço para questionar mais". Também é importante usar uma linguagem acessível e responder a tudo. "A pergunta denuncia uma inquietação da criança e precisa ser esclarecida. Mesmo que seja um assunto difícil, como a morte, os pais têm de encontrar uma maneira de responder sem enganá-la, contornando o que acreditam que não pode ser dito. A verdade apazigua o espírito do pequeno", explica a psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci.

           Para a psicóloga infantil Suzy Camacho, autora do livro Guia Prático dos Pais (Ed. Paulinas), a naturalidade dos adultos no momento da conversa deixa a criança à vontade para fazer outras perguntas e matar a curiosidade.

          A seguir reunimos as perguntas mais comuns – e também as mais inquietantes – feitas pelos pequenos e as repostas sugeridas pelos especialistas.

 
                                                1. Como eu nasci?

          Toda criança pergunta isso e a melhor resposta continua sendo a clássica: o papai colocou uma sementinha na mamãe, que se encontrou com outra sementinha, e daí você cresceu dentro da minha barriga. Se ela quiser saber mais detalhes, você pode dizer que a semente do papai se chama espermatozoide e a da mamãe óvulo. "Se a curiosidade se estender, pode-se dizer que o pênis do papai entra na vagina da mamãe para depositar a sementinha. Mas sem fazer caras e bocas. Fale naturalmente", diz Suzy.

2. Como eu saí da sua barriga?

          No dia do seu nascimento, a mamãe foi para o hospital e o médico tirou você. Está vendo essa cicatriz? Foi por aqui que o doutor tirou você (se foi uma cesariana). Para o parto normal, você pode dizer que ela saiu pela sua vagina. É assim que todo mundo nasce.

3. O que é transar?

          É um ato de amor entre duas pessoas que se amam. É quando transam que o papai e a mamãe fazem bebês.

 

Fonte: Texto de Angela Seura - modificado/adaptado (Site: MDMULHER)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Juntos escrevemos um Futuro Melhor


Onde está a falha? 
A culpa é da família ou da Escola?

Diante do insucesso de um aluno, a escola e a família passam a se cobrar: "Onde foi que vocês falharam?" A família questiona a escola por ser ela a responsável pelo ensino. A escola questiona a família pelo fato de que, se alguns conseguem aprender, o problema dos malsucedidos só pode vir de fora. Todos têm razão, mas ninguém está certo. Por outro lado, não basta as duas culparem a si mesmas, pois uma professora ou uma mãe nem sempre encontrarão resposta ao se perguntar "Onde foi que eu falhei?". O problema não está separadamente em nenhum dos lados, muito menos nos estudantes - razão de ser da relação entre os dois. Não faz nenhum sentido tomá-los como culpados.

Crianças e jovens são levados para a escola com o objetivo de que aprendam os conteúdos e desenvolvam competências que os preparem para a vida. Os educadores esperam que cheguem à sala de aula interessados em aprender, prontos para o convívio social e para o trabalho disciplinado. Quando as expectativas dos dois lados se frustram, surge um círculo vicioso de reclamações recíprocas que devem ser evitadas com a adoção de atitudes de co-responsabilidade. Vamos ver como promover isso, começando por recusar velhas desculpas, de que nada se pode fazer com "as famílias de hoje" ou com "as escolas de hoje".

Educar depende de uma relação mais ampla entre os pais do aluno e os professores do que a prevista em uma mera prestação de serviços. O primeiro passo para que isso aconteça é estabelecer uma via de mão dupla e o segundo é estabelecer regras que fortalecerão essa parceria permitindo que a aprendizagem dos filhos e alunos seja a prioridade a ser tratada, sendo assim, na identificação das falhas, ambos – escola e família, devem se unir em busca das soluções. 

"Quem ama educa." (Içami Tiba)

Texto Adaptado de Luis Carlos de Menezes.
 (Físico e educador da Universidade de São Paulo).

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dê afeto, regras e limites!


 

Dar carinho, mas sem deixar de impor regras e limites. Esse é o papel da família na educação dos filhos. Os valores morais e os padrões de conduta são adquiridos essencialmente através do dia a dia na família, que se torna uma instituição privilegiada na educação infantil. De acordo com a psicóloga Dra. Marília Velasco, especialista em Psicopatologia Clínica, são os pais que, ao colocarem limites e dar afeto, ensinam as crianças a serem seguras, a terem boa autoestima e a resolverem problemas. Confira a entrevista completa e aprenda como educar melhor seus filhos desde cedo.

Qual a importância da família na educação dos filhos?

A família é o lugar privilegiado para a promoção da educação infantil. Os valores morais e os padrões de conduta são adquiridos essencialmente através do convívio familiar. Ensinar a criança, desde a tenra idade, a solucionar problemas é um excelente caminho para desenvolver a sua segurança, inibindo, consequentemente o aparecimento de distúrbios sérios, como a depressão infantil.

Como inibir o comportamento agressivo de algumas crianças?

Os contatos de pele, abraçar, fazer carinho, ficar de mãos dadas, dar beijinhos são fortes inibidores do desenvolvimento do comportamento agressivo em crianças. A afetividade permite o estabelecimento de uma relação agradável entre os membros da família, facilitando, inclusive, a superação de divergências familiares. Toda família tem suas divergências. O que se busca são formas apropriadas de lidar com elas e, sobretudo, superá-las. As relações afetivas positivas fornecem excelente caminho para este difícil desafio, que sempre preocupam os pais.

As regras também são importantes na educação dos filhos?

Aliadas ao carinho estão às regras. Elas devem ser criadas para permitir um relacionamento adequado entre a família, mas os pais não devem estabelecer regras excessivas e difíceis de serem cumpridas. Se os filhos descumprem o acordo, é importante que se explique qual regra foi desobedecida e quais são suas consequências.

Nesse caso, o castigo é recomendado?

Nem sempre o castigo é indicado. Quando houver a necessidade, é recomendável que haja a retirada de algum tipo de lazer por um período curto de tempo, como ficar sem jogar videogame por um dia. O castigo nunca deve produzir privação de necessidades básicas (alimento, sono, carinho) ou produzir dor. Privar a criança de carinho é um erro gravíssimo. A criança deve ter segurança do amor dos pais sempre, mesmo quando está sendo castigada. O comportamento indesejado deve ser punido e não a criança.

O que os pais devem priorizar na educação dos filhos?

Os pais estão passando a todos instantes valores morais a seus filhos. Por isso, agir com honestidade, senso de justiça, solidariedade, amizade, respeito ao próximo, respeito às leis e empatia (se colocar no lugar do outro), devem ser  foco da educação dos filhos.

Como agir para elogiar ou dar broncas?

Assim como o descumprimento das regras deve ser recriminado, os comportamentos aprovados pelos pais devem ser incentivados. Mas lembre-se de que as broncas devem sempre acontecer em particular e os elogios publicamente.

Para a senhora, qual é o segredo da educação dos filhos?

O grande segredo da educação é ter equilíbrio entre aplicar as regras e manter-se afetivo. Mostrar ao filho que sempre está disponível para o afeto. Jamais dizer a ele que “não o ama mais” ou “que preferia que ele não tivesse nascido”. São frases que podem gerar sérios problemas psicológicos para a criança.

Se os pais estão com problemas na educação dos filhos, e estes estão tendo comportamentos agressivos e birras frequentemente, os pais devem procurar ajuda profissional?

Muitas vezes, os pais não procuram os profissionais especializados esperando que os problemas por si só se resolvam, quando, na verdade, quanto mais cedo eles forem solucionados, melhor. Eles se sentem responsáveis e não querem se expor, mas procurar ajuda especializada é sinal de maturidade e responsabilidade.

 

FONTE: http://manualdamamae.com/texto/detalhes/de-afeto-regras-e-limites

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O Afeto e a Aprendizagem



O Afeto e a Aprendizagem                  


                 Não mais se questiona que a afetividade acompanha o ser humano desde a sua vida intrauterina até a sua morte, se manifestando como uma fonte geradora de potência, e sendo o alicerce sobre o qual se constrói o conhecimento racional. Por isso, a questão da afetividade tem sido bastante abordada, pois se percebeu quão benefícios ela traz ao desenvolvimento cognitivo, mostrando a responsabilidade de educadores (pais e professores) na construção da personalidade da criança. Ela também é de grande importância para uma vida emocionalmente saudável, pois falar de afetividade é se levar em conta emoções, disciplina, postura, uma constante em todo meio do qual faça parte o ser humano: seja na família, na escola ou qualquer outro ambiente.

Emoções e Afetos nas Relações Sociais
     Existem muitos problemas de relacionamento nos dias de hoje que podem ser decorrentes das dificuldades que as pessoas têm de estabelecer relações amistosas com o outro. Os sentimentos tão importantes na vida tornam os indivíduos capazes ou não, de estabelecerem um bom relacionamento com outras pessoas, dependendo da forma que eles vão sendo tratados ao longo da vida. Dessa forma, a falta de afetividade pode acarretar além de prejuízos emocionais também pedagógicos, pois o ato de aprender envolve cumplicidade do aprendiz com o seu educador.
        Goleman (1995, p. 301) chama as pessoas bem preparadas emocionalmente de “emocionalmente inteligentes”, pois são capazes de controlar seus estados emocionais, têm mais facilidade de concentração, compreendem melhor os outros, tem mais facilidade para fazer amigos, e também têm um melhor desempenho escolar. Portanto, a afetividade traz consigo a capacidade de ampliação da interação social, solidificando as relações de amizade, promovendo a qualidade dos relacionamentos, proporcionando uma educação com propósitos claros, que por sua vez confere aos objetos do conhecimento um sentido afetivo e significativo.




Elogios e Críticas – Consequências
                

                     Sempre há algum motivo para valorizar o outro, e corrigir não é uma tarefa simples. Também não existem críticas construtivas, mas sim críticas com afeto, o que faz toda a diferença, pois educa as emoções.  Para Cury (2003, p.145), antes de criticar, devemos dizer a criança o quanto ela é importante, pois, ao elogiá-la antes de mostrar seu defeito, ela acolherá melhor às observações que lhe serão feitas.  Da mesma forma Goleman (1995, p.167 e 168) salienta que uma crítica habilidosa pode ser uma proveitosa mensagem, pois se concentra no que a pessoa fez ou pode fazer e não em um ataque ao caráter, colocando a criança na defensiva, se fechando, e não se motivando para fazer melhor as coisas. E que tanto as críticas quanto os elogios são mais eficazes se cara a cara e em particular
                     As crianças que só escutam críticas de tudo o que fazem, ficam com baixa autoestima, se sentindo inferiores e muito carentes. A criança tem muita sensibilidade e sente se as pessoas do seu convívio estão sendo sinceras ou não. Mas ser afetivo no elogio não significa só abraçar e beijar. O melhor mestre é sempre o exemplo. Toda criança é capaz de perceber as contradições entre o que se diz e o que se faz.

Texto adaptado da Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 3 – nº 1 - 2012

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

5 Regras de Etiqueta que os Estudantes devem seguir!



Existem algumas regras gerais que os estudantes devem seguir para se comportarem da melhor maneira na sala de aula. Isso é importante para desenvolver hábitos de estudo eficientes e não atrapalhar o aprendizado, uma vez que o comportamento pode ser um fator importante na hora de calcular a nota do aluno.
E o comportamento na sala de aula pode influenciar as notas no final do ano. Para evitar isso, confira 5 regras de etiqueta que os estudantes devem seguir.
1. Respeitar os colegas
O respeito é importante em qualquer situação, e na sala de aula não é diferente. Você deve sempre ser gentil com os seus colegas de sala e evitar comentários ofensivos.


2. Ser educado
É falta de educação conversar enquanto o professor está ministrando a aula, assim como não é bom utilizar uma linguagem inapropriada na escola. Seja sempre educado.
3. Ser organizado
Um ambiente de estudos desorganizado é uma forma de distração. Mantenha a sua mesa organizada e livre de papeis desnecessários.


4. Estar preparado
É importante se manter preparado quanto ao conteúdo que será tratado na aula. Se você não sabe sobre o que será a próxima lição, pergunte ao seu professor e pesquise antes. Dessa forma, você chegará à aula preparado com as suas dúvidas.
5. Não se atrasar
Estudantes que chegam após o início da aula podem atrapalhar os colegas de classe, além de interromper a continuidade do discurso do professor. Programe-se para sair de casa em um horário que não causará atrasos.


Fonte: Universia Brasil (http://noticias.universia.com.br/vida-universitaria/noticia/2013/09/18/1050472/5-regras-etiqueta-os-estudantes-devem-seguir.html)


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

SER PSICÓLOGO



"Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
Não apenas isso, é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar,
as nossas expressões, e até mesmo o silêncio.
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos
para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.
Mas não apenas isso, é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais
precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo,
seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação
de que temos instrumentos capazes de
favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção
que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas
para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar,
ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra,
do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,
pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,
sejam segredos que me acompanhem até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de
ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que
não tinha com quem contar para dividir sua solidão,
sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir
que isso só começa quando a gente consegue
realmente se conhecer e se aceitar."


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A Descoberta da Sexualidade


Qual é o papai ou a mamãe que não ficam assustados quando seus pequenos começam a descobrir sua sexualidade?
Atitudes embaraçosas, perguntas constrangedoras…
Tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável da criança desde que sem exageros. É importante tentar perceber quando a criança está demonstrando uma curiosidade de acordo com sua idade ou sua vontade de conhecer mais está extremamente exagerada podendo configurar um transtorno.
Uma regra que vale sempre, não só no assunto sexualidade, mas em todos os momentos em que são questionados, é sempre dar respostas verdadeiras e diretas. Se uma criança pergunta como ela nasceu o papai ou mamãe podem responder: “No hospital. Você saiu da barriga da mamãe.” Se esta resposta for suficiente para a curiosidade a criança vai parar por aí. Se não foi, certamente virá outra em seguida e mais outra até que ela obtenha uma resposta que satisfaça sua dúvida.
O que não deve acontecer é querer dar uma aula de anatomia, relacionamentos e reprodução quando a pergunta é bem mais simples. Quando os pais ficam absolutamente sem ação é melhor dizer à criança que não sabem a resposta, que vão pesquisar e depois dizer a ela, do que inventar uma resposta não verdadeira. Se ela não ficar satisfeita com a resposta, certamente irá buscá-la em outra fonte.
É preciso compreender que essa descoberta é saudável e importante para o desenvolvimento da sexualidade adulta sem traumas.
Por volta dos 3-4 anos, geralmente livres das fraldas, começam a ter curiosidade pelos seus órgãos, tocá-los e percebem que dá prazer. Então começam a perceber as diferenças entre meninos e meninas. Muitas dessas situações vão ocorrer e o que mais os pais e educadores devem estar atentos é às situações compulsivas e recorrentes. É preciso passar a elas que essa descoberta é normal, dá prazer, não é “feia”.
Da mesma forma que você precisa de privacidade para ir ao banheiro, outras atitudes também precisam. Como agir em uma situação como essa? Tanto pais como educadores devem fazer com que ela saiba lidar com sua descoberta e perceba que há hora e lugar para a exploração.
Quando a criança insiste em um comportamento em casa ou na escola, proponha a ela outra atividade. Um jogo, uma brincadeira fazendo com que ela perceba que aquele momento é inapropriado para sua “pesquisa”. Ao largar as fraldas, muitas das crianças têm um choque ao visualizar o amiguinho no banheiro e perceber que ele ou ela tem algo a mais ou a menos. É a chamada síndrome da castração segundo Freud.
A menina pensa que lhe falta um pedaço ou ainda vai crescer. Os meninos por sua vez ficam horrorizados pensando o mesmo e achando que se aconteceu com elas pode também acontecer com eles. Por isso é importante mostrar a elas as diferenças. Deve-se passar uma mensagem clara para que não haja um problema de identificação sexual.
Por volta dos 5 anos aparece a curiosidade em explorar o corpo dos amigos. Ela está descobrindo o seu próprio corpo e o dos outros. Mais uma vez é importante perceber qual a conotação para ela. Crianças não têm uma visão erótica dessas manifestações. Essa ideia está no pensamento já estereotipado do adulto.
Todas as fases de descoberta de uma criança devem ser acompanhadas pela família, para que a mesma possa sempre dar a assistência adequada.
Texto Adaptado de Karen Kaufmann Sacchetto  (Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, Especialista em Distúrbios de Aprendizagem, Psicopedagoga, Pedagoga)

A criança mordeu e foi mordida. E agora?


Como lidar com a fase das mordidas.
Veja as dicas dos especialistas para saber o que fazer quando seu filho chega em casa com uma mordida ou quando você recebe a queixa de que ele mordeu alguém. O coleguinha de classe não quis dividir o brinquedo? Nhac! A mãe está grávida de um irmãozinho? Nhac! Ninguém dá a atenção exigida? Nhac!
Mais do que uma reação de raiva, as mordidas dadas pelas crianças pequenas, com até 2 ou 3 anos de idade, são uma forma de comunicação e de expressão de sentimentos. “Nessa primeira etapa da vida, a criança ainda não domina a linguagem. Então, a forma que ela tem para se expressar, para se comunicar e interagir com os outros é pelos meios físicos, como morder, bater, puxar o cabelo”, explica Marilene Proença, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
O fato de as mordidas fazerem parte de uma fase do desenvolvimento das crianças não significa que elas devem ser ignoradas ou aceitas pelos pais. Conheça abaixo um pouco mais sobre essa fase e veja as dicas dos especialistas para saber como lidar quando seu filho é a vítima da mordida ou quando é o autor da dentada em um coleguinha da escola ou mesmo em um adulto.
Por que as crianças mordem?
Enquanto ainda não sabem falar com desenvoltura, as crianças utilizam outros meios para se expressar e para se comunicar. A mordida é uma delas. “As crianças na idade oral ainda não verbalizam com fluência e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficaz”, diz Rosana Ziemniak, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo.
“Nessa fase em que as crianças ainda não têm domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas”, diz Marilene Proença , membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
Rosana Ziemniak acrescenta: “O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar atenção”. As mordidas, segundo Marilene Proença, são usadas em situações diversas, e a criança vai avaliando quais os efeitos que as mordidas têm: “A criança morde e depois vê o que acontece. Por exemplo, se ao morder ela consegue o que quer, qual é a reação do outro”, comenta Marilene.
Em quais situações as crianças mordem?
Várias situações podem levar a criança a morder. “Em uma classe na escola de educação infantil em que a professora está grávida, por exemplo, pode haver um sentimento nas crianças de perda ou de abandono, em vista do bebê que vai chegar. O mesmo em casa, se a mãe está grávida do irmãozinho”, comenta Marilene Proença, da Abrapee. Outras situações citadas por ela são a mudança de sala na escola, a disputa por um brinquedo ou mesmo pela atenção de outras pessoas.
Como lidar quando a criança morde?
Quando a criança morde outra pessoa, é importante a mediação de um adulto, para fazer com que ela reflita sobre o que fez e para que entenda que há outras maneiras de conseguir o que deseja. “O adulto deve mostrar à criança que há outros meios de expressar-se ou de conseguir o que se quer. Pode-se dizer, por exemplo: ‘se você não gostou do que ele fez, vamos dizer isso a ele’, ou ‘você quer o brinquedo? Então vamos pedir o brinquedo'”, diz Marilene Proença, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
A especialista afirma que o adulto deve mostrar à criança que a linguagem é a forma certa de se obter as coisas. “O papel do adulto é transformar a atitude corporal em uma atitude mediada pela linguagem. Esse é um grande objetivo da educação, tanto na escola quanto em casa”, explica ela. Quando esse ensinamento não é dado logo cedo, as crianças crescem e mantém as atitudes corporais para conseguir o que querem. É o que se vê quando crianças mais velhas se atiram no chão e fazem escândalo quando são contrariadas.
O que fazer se o seu filho for mordido por outra criança?
A mordida é sempre uma situação difícil para os pais de ambas as crianças, diz Rosana Ziemniak, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo. “Os pais da criança mordedora sentem-se envergonhados e os pais da criança mordida ficam chateados pelo machucado do filho. Cabe à escola mediar as relações entre as crianças e seus familiares para minimizar os sentimentos negativos e criar situações para estabelecer limites, mostrando a importância do respeito e do tratar bem o amigo que ficou triste por ter sido machucado”, diz Rosana. Ela acrescenta que tanto a escola quanto os pais devem aproveitar essas situações para ensinar à criança as regras de convivência.
Marilene Proença, da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), concorda e diz que os pais não devem aceitar a ocorrência da mordida como uma coisa rotineira. “O ideal é procurar a coordenação da escola, dizer que isso não pode acontecer e procurar entender o que houve para gerar essa situação”, comenta ela. Rosana Ziemniak acrescenta que a criança mordida deve ser acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, porém nunca deve ser incentivada a revidar, ou seja, a morder também.
Texto de Adriana Carvalho (Adaptado) – fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/fase-mordidas

Bem Vindos: Educandos e Família

Neste Blog , nós: Psicólogas do Souza Leão,estaremos conversando e divulgando artigos interessantes sobre educação e relacionamento interpessoal. Esperamos que esta seja uma forma de otimizar a troca de informações com educadores, educandos, pais e/ou responsáveis.
O colégio Souza Leão encontra-se em festa, neste fevereiro de 2015; pois se preparou para receber o seu bem maior: O educando e sua família. Sim, porque quando um educando é matriculado neste colégio, a sua família, automaticamente, matricula-se junto.
A tarefa de educar só faz sentido na parceria escola/família, pois educar é levar o educando a descobrir a si mesmo, compreender a realidade, manejar conceitos, apresentar informações que são as bases para o desenvolvimento intelectual, utilizar suas forças afetivas no sentido de mobilizar a sua criatividade para que seja capaz de atuar no presente e de ajudar a construir o futuro.
Conclamamos as famílias para que juntos promovamos a educação integral dos nossos educandos!

O Psicólogo Escolar


Psicologia Escolar e Educacional tem se constituído historicamente como importante campo de atuação da Psicologia. Psicólogos escolares e educacionais são profissionais que atuam em instituições escolares e educativas, bem como dedicam-se ao ensino e à pesquisa na interface Psicologia e Educação.
As concepções teórico-metodológicas que norteiam a prática profissional no campo da psicologia escolar são diversas, conforme as perspectivas da Psicologia enquanto área de conhecimento, visando compreender as dimensões subjetivas do ser humano.
Algumas das temáticas de estudo, pesquisa e atuação profissional no campo da psicologia escolar são: processos de ensino e aprendizagem, desenvolvimento humano, escolarização em todos os seus níveis, inclusão de pessoas com deficiências, políticas públicas em educação, gestão psicoeducacional em instituições, avaliação psicológica, história da psicologia escolar, formação continuada de professores, dentre outros.