sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Juntos escrevemos um Futuro Melhor


Onde está a falha? 
A culpa é da família ou da Escola?

Diante do insucesso de um aluno, a escola e a família passam a se cobrar: "Onde foi que vocês falharam?" A família questiona a escola por ser ela a responsável pelo ensino. A escola questiona a família pelo fato de que, se alguns conseguem aprender, o problema dos malsucedidos só pode vir de fora. Todos têm razão, mas ninguém está certo. Por outro lado, não basta as duas culparem a si mesmas, pois uma professora ou uma mãe nem sempre encontrarão resposta ao se perguntar "Onde foi que eu falhei?". O problema não está separadamente em nenhum dos lados, muito menos nos estudantes - razão de ser da relação entre os dois. Não faz nenhum sentido tomá-los como culpados.

Crianças e jovens são levados para a escola com o objetivo de que aprendam os conteúdos e desenvolvam competências que os preparem para a vida. Os educadores esperam que cheguem à sala de aula interessados em aprender, prontos para o convívio social e para o trabalho disciplinado. Quando as expectativas dos dois lados se frustram, surge um círculo vicioso de reclamações recíprocas que devem ser evitadas com a adoção de atitudes de co-responsabilidade. Vamos ver como promover isso, começando por recusar velhas desculpas, de que nada se pode fazer com "as famílias de hoje" ou com "as escolas de hoje".

Educar depende de uma relação mais ampla entre os pais do aluno e os professores do que a prevista em uma mera prestação de serviços. O primeiro passo para que isso aconteça é estabelecer uma via de mão dupla e o segundo é estabelecer regras que fortalecerão essa parceria permitindo que a aprendizagem dos filhos e alunos seja a prioridade a ser tratada, sendo assim, na identificação das falhas, ambos – escola e família, devem se unir em busca das soluções. 

"Quem ama educa." (Içami Tiba)

Texto Adaptado de Luis Carlos de Menezes.
 (Físico e educador da Universidade de São Paulo).