O Afeto e a
Aprendizagem
Não mais se questiona que a
afetividade acompanha o ser humano desde a sua vida intrauterina até a sua
morte, se manifestando como uma fonte geradora de potência, e sendo o alicerce
sobre o qual se constrói o conhecimento racional. Por isso, a questão da
afetividade tem sido bastante abordada, pois se percebeu quão benefícios ela
traz ao desenvolvimento cognitivo, mostrando a responsabilidade de educadores
(pais e professores) na construção da personalidade da criança. Ela também é de
grande importância para uma vida emocionalmente saudável, pois falar de
afetividade é se levar em conta emoções, disciplina, postura, uma constante em
todo meio do qual faça parte o ser humano: seja na família, na escola ou
qualquer outro ambiente.
Emoções e Afetos nas Relações Sociais
Existem muitos problemas de relacionamento nos
dias de hoje que podem ser decorrentes das dificuldades que as pessoas têm de
estabelecer relações amistosas com o outro. Os sentimentos tão importantes na
vida tornam os indivíduos capazes ou não, de estabelecerem um bom
relacionamento com outras pessoas, dependendo da forma que eles vão sendo
tratados ao longo da vida. Dessa forma, a falta de afetividade pode acarretar
além de prejuízos emocionais também pedagógicos, pois o ato de aprender envolve
cumplicidade do aprendiz com o seu educador.
Goleman (1995, p. 301) chama
as pessoas bem preparadas emocionalmente de “emocionalmente inteligentes”, pois
são capazes de controlar seus estados emocionais, têm mais facilidade de
concentração, compreendem melhor os outros, tem mais facilidade para fazer
amigos, e também têm um melhor desempenho escolar. Portanto, a afetividade traz
consigo a capacidade de ampliação da interação social, solidificando as
relações de amizade, promovendo a qualidade dos relacionamentos, proporcionando
uma educação com propósitos claros, que por sua vez confere aos objetos do
conhecimento um sentido afetivo e significativo.
Elogios e Críticas – Consequências
Sempre há algum motivo
para valorizar o outro, e corrigir não é uma tarefa simples. Também não existem
críticas construtivas, mas sim críticas com afeto, o que faz toda a diferença,
pois educa as emoções. Para Cury (2003,
p.145), antes de criticar, devemos dizer a criança o quanto ela é importante, pois,
ao elogiá-la antes de mostrar seu defeito, ela acolherá melhor às observações
que lhe serão feitas. Da mesma forma
Goleman (1995, p.167 e 168) salienta que uma crítica habilidosa pode ser uma
proveitosa mensagem, pois se concentra no que a pessoa fez ou pode fazer e não
em um ataque ao caráter, colocando a criança na defensiva, se fechando, e não
se motivando para fazer melhor as coisas. E que tanto as críticas quanto os
elogios são mais eficazes se cara a cara e em particular
As crianças que só escutam
críticas de tudo o que fazem, ficam com baixa autoestima, se sentindo
inferiores e muito carentes. A criança tem muita sensibilidade e sente se as
pessoas do seu convívio estão sendo sinceras ou não. Mas ser afetivo no elogio
não significa só abraçar e beijar. O melhor mestre é sempre o exemplo. Toda
criança é capaz de perceber as contradições entre o que se diz e o que se faz.
Texto adaptado da Revista
Eletrônica Saberes da Educação – Volume 3 – nº 1 - 2012
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