quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O Afeto e a Aprendizagem



O Afeto e a Aprendizagem                  


                 Não mais se questiona que a afetividade acompanha o ser humano desde a sua vida intrauterina até a sua morte, se manifestando como uma fonte geradora de potência, e sendo o alicerce sobre o qual se constrói o conhecimento racional. Por isso, a questão da afetividade tem sido bastante abordada, pois se percebeu quão benefícios ela traz ao desenvolvimento cognitivo, mostrando a responsabilidade de educadores (pais e professores) na construção da personalidade da criança. Ela também é de grande importância para uma vida emocionalmente saudável, pois falar de afetividade é se levar em conta emoções, disciplina, postura, uma constante em todo meio do qual faça parte o ser humano: seja na família, na escola ou qualquer outro ambiente.

Emoções e Afetos nas Relações Sociais
     Existem muitos problemas de relacionamento nos dias de hoje que podem ser decorrentes das dificuldades que as pessoas têm de estabelecer relações amistosas com o outro. Os sentimentos tão importantes na vida tornam os indivíduos capazes ou não, de estabelecerem um bom relacionamento com outras pessoas, dependendo da forma que eles vão sendo tratados ao longo da vida. Dessa forma, a falta de afetividade pode acarretar além de prejuízos emocionais também pedagógicos, pois o ato de aprender envolve cumplicidade do aprendiz com o seu educador.
        Goleman (1995, p. 301) chama as pessoas bem preparadas emocionalmente de “emocionalmente inteligentes”, pois são capazes de controlar seus estados emocionais, têm mais facilidade de concentração, compreendem melhor os outros, tem mais facilidade para fazer amigos, e também têm um melhor desempenho escolar. Portanto, a afetividade traz consigo a capacidade de ampliação da interação social, solidificando as relações de amizade, promovendo a qualidade dos relacionamentos, proporcionando uma educação com propósitos claros, que por sua vez confere aos objetos do conhecimento um sentido afetivo e significativo.




Elogios e Críticas – Consequências
                

                     Sempre há algum motivo para valorizar o outro, e corrigir não é uma tarefa simples. Também não existem críticas construtivas, mas sim críticas com afeto, o que faz toda a diferença, pois educa as emoções.  Para Cury (2003, p.145), antes de criticar, devemos dizer a criança o quanto ela é importante, pois, ao elogiá-la antes de mostrar seu defeito, ela acolherá melhor às observações que lhe serão feitas.  Da mesma forma Goleman (1995, p.167 e 168) salienta que uma crítica habilidosa pode ser uma proveitosa mensagem, pois se concentra no que a pessoa fez ou pode fazer e não em um ataque ao caráter, colocando a criança na defensiva, se fechando, e não se motivando para fazer melhor as coisas. E que tanto as críticas quanto os elogios são mais eficazes se cara a cara e em particular
                     As crianças que só escutam críticas de tudo o que fazem, ficam com baixa autoestima, se sentindo inferiores e muito carentes. A criança tem muita sensibilidade e sente se as pessoas do seu convívio estão sendo sinceras ou não. Mas ser afetivo no elogio não significa só abraçar e beijar. O melhor mestre é sempre o exemplo. Toda criança é capaz de perceber as contradições entre o que se diz e o que se faz.

Texto adaptado da Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 3 – nº 1 - 2012

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